quinta-feira, 3 de junho de 2010

Prefeito de ‘Princesa’ é cassado

O juiz da 34ª Zona Eleitoral, Rúsio Lima de Melo, cassou ontem o mandato do prefeito de Princesa Isabel, Thiago Pereira (PMDB), e da vice-prefeita, Tereza Lúcia da Costa. Eles são acusados de abuso de poder político e econômico na contratação de 342 prestadores de serviço em período eleitoral sem a realização de concurso público.
A justiça eleitoral determinou a posse do segundo colocado nas eleições 2008, José Nominando (PSDB), mas Thiago Pereira está recorrendo ao Tribunal Regional Eleitoral para se manter no cargo até o julgamento final do mérito.
A ação de Impuganação de Mandato Eletivo (Aime) foi impetrada por José Nominando.A ação teve como base relatório do Tribunal de Contas do Estado.
A eleição em Princesa Isabel foi acirrada entre as famílias Pereira e Diniz. Pereira, que assumiu o cargo em 2006 após a cassação do ex-prefeito Sidney Diniz, conseguiu ser reeleito com 5.650 (51,96%) contra 5.224 (48,06%) de José Nominando. Uma diferença de pouco mais de 600 votos.
A posse de Nominando na prefeitura está prevista para hoje, às 9h. Ontem assumiu provisoriamente o cargo o presidente da Câmara, Paulo Roberto. (Clóvis Gaião)

Orlando, de Juru, também cai
O prefeito de Juru, José Orlando Teotônio (PR), e a vice-prefeita, Maria do Perpétuo Socorro Almeida, também tiveram os seus mandatos cassados ontem pelo juiz da 34ª Zona Eleitoral, acusados de captação ilícita de votos nas eleições de 2008.
O juiz Rúsio Lima de Melo acatou denúncia do Ministério Público Eleitoral de abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio mediante doação de três mil telhas e material de construção a um casal de eleitores.
A eleição de Juru foi uma das mais disputadas da história da região com uma vitória por só dois votos de José Orlando (2.710) sobre Luiz Galvão (PSB), que obteve 2.208 votos. A posse de Galvão foi marcada na própria sentença para as 9h de hoje, mas ainda cabe recurso do prefeito cassado.
O advogado do prefeito cassado, Jonhson Abrantes, informou que hoje entrará com um pedido de liminar pela permanência de José Orlando no cargo até o julgamento do mérito. Ele advoga a tese de que não houve doação pelos candidatos e eles sequer tomaram conhecimento das doações.
Já o advogado de Luiz Galvão, Lincoln Mendes, afirmou que as elegações da defesa caíram por terra, porque foi comprovado que foram feitas doações de material de construção que macularam a legitimidade do pleito e influenciaram no resultado final que teve uma diferença de apenas dois votos. (Clóvis Gaião)

Fonte:JORNAL DA PARAÍBA

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